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domingo, 3 de outubro de 2010

O Albergue Espanhol

Um estudante francês que viaja a Barcelona através de um programa de intercâmbio, procurando adquirir novas experiências, vencer desafios, aprender uma nova língua e, principalmente, se conhecer melhor. Xavier (Romain Duris) sai da casa de sua mãe e vai parar numa república, o Albergue Espanhol, que na gíria francesa significa um lugar onde as culturas se misturam como num caldeirão, onde não há regras e tudo pode acontecer. De fato, cada morador do apartamento tem uma nacionalidade diferente, o que causa um choque natural, um caos que, para Xavier, lembra-o a si próprio.

Inicialmente despreparado, ele passa por diversas situações, imprevistos, dúvidas, confusões e encontra a unidade naquilo que une os moradores da casa: os sonhos. E, a cada momento, uma única certeza se torna clara: nenhum deles será o mesmo depois dessa experiência.

Eu, que moro numa república há quase dois anos, me identifiquei com vários momentos do filme. Ok, na minha casa, todas são brasileiras - embora estejamos mto afim de encontrar uma intercambista p morar conosco -, mas cada uma tem uma personalidade, suas manias, suas frescuras, suas nóias, suas dúvidas, seu jeito. Umas se encomodam mto com tal coisa, outras nem ligam p isso. E, cada uma a sua maneira, me marcou. Tanto as que já sairam, como as que continuam lá. A cada dia, a cada situação, eu me vejo aprendendo a conviver com elas, a entender seus porquês, a relevar alguns desleixos, birras, crises de choro, de raiva, de amor, de saudade, de alegria, de bebedeira, de festa, de ressaca....

A gte se apega de uma forma a ser uma extensão da família da gte, de se preocupar pq fulana não chegou em casa ainda, onde será que ela tá? Qdo uma chega chorando, ou pulando de alegria, contando que conseguiu aquele emprego, aquele intercâmbio de férias, que passou naquela matéria que é um cu, ou que vai ser a bailarina principal. Pede opiniões, roupa emprestada, carona, faz amigo-secreto, acorda aquela que não pode mais faltar em tal aula ou falta em aula p levar a que ta doente no pronto-socorro.

Já tivemos mtas reuniões, festas, tiramos mtas fotos, já dançamos, fizemos almoços de família, medimos nossas diferenças e o que temos em comum, tentamos organizar nossa geladeira, tivemos discussões, brigas, despedidas - e esses momentos foram os mais difíceis. A cada uma que saia, era como se um pouco da gte fosse embora com ela... E a cada uma que chegava, oferecia um pouco de si. A gte aprende com tds, e nosso coração só cresce.

Eu acho que todo mundo devia morar em república, pelo menos um pouquinho. É uma ctz que sempre tive pra mim. E não tem como comparar a nada, uma república, por mais arrumadinha e cheia de mimimi, vai ser sempre uma república, vai ter pessoas cada uma de um canto, cada uma de um jeito, e isso é o gde barato.

2 comentários:

Lara disse...

Aaaahhh que lindo Juuhh... Choreeei!
É isso aí mesmoo! É muita riqueza que a gente ganha!
Beijooo

Catarina Duleba disse...

AAAAAAAAAAAAAAAAAÍ JUUUU!
QUE LIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIINDA!
ameeeeeeeeeeeeeeeeeeei!
e como adoro morar com vocês!
com certeza, tá me acrescentando muito e eu vou levar um pouquinho de todas vocês pro resto da vida! :D